segunda-feira, 20 de maio de 2013

Empresário de Curitiba é investigado por suposta ligação com o 'Hezbollah'



Libanês foi preso pela polícia, suspeito de aplicar golpes contra empresas.
Governo americano diz que ele enviava dinheiro ao partido mulçumano.


A Polícia Civil do Paraná investiga uma suposta ligação de um empresário de Curitiba com o partido político xiita Hezbollah, que atua, sobretudo, no Irã,Síria e Líbano. O empresário, de origem libanesa, foi detido em uma operação policial na quinta-feira (16), suspeito de aplicar golpes em empresas da indústria têxtil.
De acordo com o delegado Cassiano Aufieiro, do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), há suspeitas de que o libanês enviava dinheiro para manter o partido, que é acusado pelos Estados Unidos de apoiar atos terroristas contra aliados de Israel. As investigações sobre essa ligação eram mantidas em segredo. “A informação vazou e a polícia mudou a linha de investigação. Estamos mais ostensivos”, conta o delegado.
Segundo Aufieiro, o governo americano enviou ao Nurce documentos que comprovariam as ligações do libanês com o grupo. “Recebemos uma documentação do Departamento de Justiça dos EUA. Estamos verificando a documentação apreendida com o que foi apresentado por eles”, disse Aufieiro.
Ainda conforme o delegado, não há qualquer confirmação das suspeitas levantadas pelos norte-americanos em relação ao libanês. O homem deve ser interrogado pelos policiais sobre esse assunto apenas na tarde de terça-feira (17). “Se as suspeitas forem confirmadas, vamos relatar à Polícia Federal, para que nos auxilie nas investigações”, afirmou.
Golpes
A única suspeita confirmada até o momento é em relação aos golpes que, segundo a polícia, ele aplicou contra os empresários. Na versão dos policiais, o libanês, que mantém lojas de roupas em Curitiba, comprava as mercadorias nas fábricas e não pagava os fornecedores.
Ao todo, 20 empresários do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais foram vítimas do libanês. O golpe era aplicado há um ano e causou R$ 10 milhões em prejuízos às vítimas. O empresário ainda não tem advogado constituído, que possa comentar as acusações da polícia.
Para completar o golpe, o libanês abria empresas em nome de outros compatriotas, que vinham morar no Brasil. De acordo com os policiais, ele fazia as compras das roupas em nome das empresas de fachada e não pagava. Em seguida, as lojas dele compravam as roupas das empresas falsas, por valores abaixo do preço de mercado, o que lhe permitia vender mais barato que a concorrência.
Além de ter sido preso, o libanês teve as duas lojas em Curitiba lacradas pela polícia. Nesta segunda-feira (20), ele continuava detido no 12º Distrito Policial. O homem vai responder por receptação, falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
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