Idenilson da Silva Barros foi atropelado no Jockey Club de Campo Grande.
Jovem foi encontrado no chão e morreu antes de ser socorrido por Samu.
O operador de máquinas Isnaldo Pereira Barros, 44 anos, diz que tenta entender o que aconteceu com seu filho, Idenilson da Silva Barros, 20 anos, que morreu no estacionamento do Jockey Clube de Campo Grande após show da dupla Munhoz e Mariano, no sábado (19). O rapaz estava acompanhado por amigos, deixou o grupo para dar uma volta e não foi mais visto. A perícia constatou que o corpo tinha sinais de atropelamento e a polícia não tem suspeitos.
“Qual a razão pra terem feito isso com ele? Alguém pegou ele lá dentro, levou pra fora, bateu nele e jogou no chão; foi assaltado ou foi a própria segurança do evento? Até agora a ficha não caiu. Ele saiu [à noite] pra se divertir e de manhã eu recebo uma notícia dessas”, afirma.
Nenhuma das perguntas de Barros foi respondida até o momento. Wender Suriano, 23 anos, era um dos colegas que acompanhavam a vítima no show. Ele disse que os dois estavam no camarote quando esbarraram em dois desconhecidos, o que gerou um desentendimento. Segundo ele, os seguranças ameaçaram retirar a vítima do evento, mas a confusão foi resolvida sem que isso precisasse ser feito.
Foi então, segundo o amigo, que o jovem saiu de perto do grupo. “Disse que ia dar um ‘rolê', como ele costumava fazer. Saía e voltava depois onde a gente estava”, afirma. Suriano estranha o corpo ter sido achado do lado de fora da área de show, no Jockey Clube.
“Ele sabia que a gente estava lá dentro ainda e que se saísse do evento, não podia entrar depois”, fala o rapaz.
O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do bairro Piratininga, mas deve ser encaminhado a algum distrito policial para ser investigado. Ainda não há informações de onde o inquérito deverá ser aberto.
Enquanto isso, Barros quer respostas sobre o ocorrido. Segundo ele, Idenilson começou a sair para ir a festas e eventos recentemente, após completar 20 anos em maio, e que não tinha o costume de beber. O filho, segundo ele, não tinha o costume de brigar, tinha saído recentemente do Exército, fazia trabalhos temporários para ganhar dinheiro e pretendia voltar a estudar.
“Ele trabalhou a semana toda pra conseguir juntar dinheiro pra comprar o convite, roupas novas, tênis novo para ir à festa. Ele estava com um monte de planos”, diz.
Sem confusão
A empresa F e V Segurança, contratada pelos organizadores do show, negou ao G1 que alguma confusão ou briga mais grave envolvendo o rapaz tenha ocorrido e diz que ele não foi retirado do Jockey Clube.
A empresa F e V Segurança, contratada pelos organizadores do show, negou ao G1 que alguma confusão ou briga mais grave envolvendo o rapaz tenha ocorrido e diz que ele não foi retirado do Jockey Clube.
Conforme a companhia, houve apenas duas ocorrências durante a apresentação da dupla, que foram encaminhadas para a base móvel da Polícia Militar montada para o evento. Os seguranças só tomaram conhecimento sobre a morte de Idenilson quando o público já estava indo embora e viram a movimentação em torno do rapaz.
Segundo a empresa, os próprios seguranças chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Muito tempo
A vítima foi encontrada ainda viva por um grupo de pessoas que deixava o Jockey Clube, entre elas estava a recreadora Patrícia Gavilan Leite. Ela disse ao G1 que seus amigos dividiram-se em dois carros. O motorista do veículo em que estava não conseguia ver o caminho para sair do estacionamento porque o mato no local estava alto.
A vítima foi encontrada ainda viva por um grupo de pessoas que deixava o Jockey Clube, entre elas estava a recreadora Patrícia Gavilan Leite. Ela disse ao G1 que seus amigos dividiram-se em dois carros. O motorista do veículo em que estava não conseguia ver o caminho para sair do estacionamento porque o mato no local estava alto.
O colega que estava no outro carro ligou os faróis para ajudá-los e acabou iluminando o lugar onde estava Idenilson. O grupo, segundo ela, desceu para ajudá-lo. Patrícia afirma que ligou imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), às 4h10, mas que o socorro só chegou ao local às 5h40, quando Idenilson já estava morto.
Patrícia diz que a vítima estava descalça e os tênis estavam perto dela, organizados um ao lado do outro como se alguém os tivesse separado. O celular do jovem não foi encontrado e o documento de identidade estava no bolso dele
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