Ministério do Trabalho informa que é preciso análise técnica da máquina.
Aparelho caiu e deixou mortos em SP; 3 guindastes foram liberados hoje.
O Ministério do Trabalho (MT) condicionou a remoção do guindaste envolvido em uma acidente no estádio do Corinthians à uma nova perícia técnica na máquina. Até a próxima semana, um instituto no país será indicado pelo órgão para realizar uma análise detalhada do aparelho para saber se o acidente foi causado por uma falha humana, mecânica ou devido a um deslocamento do solo. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (13) pela assessoria de imprensa do ministério.
O MT informou ao G1 que procuradores e auditores técnicos do órgão comunicaram essa decisão a Odebrecht, responsável pela obra, em uma reunião realizada na quinta-feira (12) no local onde está sendo erguido o estádio que será o palco da abertura da Copa do Mundo de futebol de 2014 no Brasil.
O MT informou ao G1 que procuradores e auditores técnicos do órgão comunicaram essa decisão a Odebrecht, responsável pela obra, em uma reunião realizada na quinta-feira (12) no local onde está sendo erguido o estádio que será o palco da abertura da Copa do Mundo de futebol de 2014 no Brasil.
Procurada nesta manhã para comentar o assunto, a assessoria de imprensa da Odebrecht informou que iria apurar o que ocorreu para depois se posicionar. Isso, no entanto, não havia ocorrido até a publicação desta reportagem.
Devido ao acidente que fez com que o guindaste tombasse com parte da estrutura metálica que era instalada na moldura do estádio em 27 de novembro, 5% do total da obra afetada foi interditada pela Defesa Civil por questão de segurança. Além do guindaste que caiu, outras oito máquinas similares também foram interditadas pelo Ministério do Trabalho.
Dos nove guindastes interditados, cinco foram liberados na quarta-feira (11) após análise técnica feita pelo MT. Na manhã desta sexta, técnicos do Ministério do Trabalho foram ao canteiro de obras da Arena Corinthians para fiscalizar e vistoriar três outros guindastes. As três máquinas foram liberadas após a correção de ‘pequenas avarias’.
Apesar de a Odebrecht ser a responsável pela realização da obra, os guindastes pertencem a Locar, empresa que adquiriu as máquinas da fabricante alemã Liebherr.
Com a liberação dos oito guindastes que estavam interditados, o único guindaste que continuaria interditado seria o do acidente que matou os dois funcionários da Locar.
Ainda segundo a assessoria do Ministério do Trabalho, três institutos no Brasil podem fazer a perícia técnica no guindaste, mas somente um deles será escolhido, o que dever ocorrer nos próximos dias.
Por causa disso, o MT informou que vetou a ideia da Odebrecht de começar a desmontar o guindaste na segunda-feira (16) que vem. A alegação do Ministério do Trabalho é que há a necessidade dessa perícia técnica específica na máquina. A análise poderia ser feita, por exemplo, pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), segundo a assessoria do MT. Os nomes dos outros dois institutos não foram divulgados. O laudo demoraria 70 dias para ficar pronto.
O Ministério do Trabalho informou que o custo dessa perícia técnica ficaria a cargo do responsável pela obra, no caso a Odebrecht ou o Corinthians.
Na reunião entre o MT e a Odebrecht, a construtora apresentou um cronograma com a estimativa a respeito da remoção e desmonte do guindaste que caiu. A assessoria do Ministério do Trabalho informou que a empresa apresentou 15 de janeiro como a data para o prazo final para desmontar o guindaste. Seriam necessárias 80 viagens de caminhões para fazer o transporte do equipamento.
Ainda, segundo o MT, a Odebrecht informou que em 15 de fevereiro chegariam outros dois guindastes para fazer o serviço que era feito pela máquina que caiu. Esses aparelhos ficariam incumbidos de içar a estrutura que despencou e falta ser colocada na moldura do estádio. Como a peça ficou danificada na queda, é provável que outra seja feita para substituir a avariada.
O MT informou que a Odebrecht prometeu para 15 de abril a entrega da Arena Corinthians pronta e finalizada para ser usada no mundial de futebol. O estádio fará a abertura da Copa do Mundo em 12 de junho.
Na última terça-feira (10), o superintendente regional do Ministério do Trabalho em São Paulo, Luiz Antonio Medeiros, havia dito que o operador do guindaste que despencou com a peça estava havia 18 dias sem folga. Documento de ponto exibido por um fiscal do MT indicava que o funcionário, em outubro, havia ficado 23 dias sem descanso. A informação foi contestada pela Odebrecht e pela Locar.
Joaquim é funcionário da Locar, assim como os dois outros operários que morreram. O operador cuidava de um guindaste que suporta carga de até 1,5 mil toneladas. Ele içava uma peça de 420 toneladas quando a estrutura e a máquina tombaram sobre parte do estádio, atingindo o motorista Fábio Luiz Pereira, de 41 anos, e o montador Ronaldo Oliveira dos Santos, de 43.
Na próxima quinta-feira (19), os fiscais do Ministério do Trabalho devem voltar ao local da construção do estádio para tratar das condições de trabalho dos funcionários. A Odebrecht terá de apresentar o plano de contratação de novos funcionários e redução das horas extras.
Além do aspecto civil sobre o acidente, encabeçado pelo MT, as causas do que ocorreu no estádio também estão sendo investigadas na esfera criminal pela Polícia Civil. Peritos da Polícia Técnico-Científica também periciaram o guindaste que caiu e deverão apresentar um laudo para saber se houve falha humana (do operador do guindaste), mecânica (devido algum problema da máquina) ou do terreno (pela inconformidade do solo, que teria tombado o aparelho).
Na última terça-feira (10), o superintendente regional do Ministério do Trabalho em São Paulo, Luiz Antonio Medeiros, havia dito que o operador do guindaste que despencou com a peça estava havia 18 dias sem folga. Documento de ponto exibido por um fiscal do MT indicava que o funcionário, em outubro, havia ficado 23 dias sem descanso. A informação foi contestada pela Odebrecht e pela Locar.
Joaquim é funcionário da Locar, assim como os dois outros operários que morreram. O operador cuidava de um guindaste que suporta carga de até 1,5 mil toneladas. Ele içava uma peça de 420 toneladas quando a estrutura e a máquina tombaram sobre parte do estádio, atingindo o motorista Fábio Luiz Pereira, de 41 anos, e o montador Ronaldo Oliveira dos Santos, de 43.
Na próxima quinta-feira (19), os fiscais do Ministério do Trabalho devem voltar ao local da construção do estádio para tratar das condições de trabalho dos funcionários. A Odebrecht terá de apresentar o plano de contratação de novos funcionários e redução das horas extras.
Além do aspecto civil sobre o acidente, encabeçado pelo MT, as causas do que ocorreu no estádio também estão sendo investigadas na esfera criminal pela Polícia Civil. Peritos da Polícia Técnico-Científica também periciaram o guindaste que caiu e deverão apresentar um laudo para saber se houve falha humana (do operador do guindaste), mecânica (devido algum problema da máquina) ou do terreno (pela inconformidade do solo, que teria tombado o aparelho).
Em depoimento à polícia, Joaquim negou falha humana, mecânica ou problema no solo. A “caixa-preta” do guindaste foi retirada em 2 de dezembro pelos fabricantes do veículo e entregue à perícia do Instituto de Criminalística (IC) para análise.
Inauguração
O estádio do Corinthians foi o local escolhido pela Fifa para o jogo de abertura da Copa do Mundo no dia 12 de junho de 2014, que será entre a seleção brasileira e a Croácia, adversária definida no sorteio das chaves do Mundial no dia 6 de dezembro, na Costa do Sauípe (BA).
O estádio do Corinthians foi o local escolhido pela Fifa para o jogo de abertura da Copa do Mundo no dia 12 de junho de 2014, que será entre a seleção brasileira e a Croácia, adversária definida no sorteio das chaves do Mundial no dia 6 de dezembro, na Costa do Sauípe (BA).
A Odebrecht e o Corinthians informaram em 5 de dezembro, em nota conjunta, que o prazo estabelecido como meta para a entrega da Arena Corinthians é 15 de abril de 2014, menos de dois meses antes da abertura da Copa do Mundo. A data foi decidida em conjunto com o Comitê Organizador Local (COL) e a Fifa.
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