Prefeitura tinha proibido pátios reguladores de funcionarem de madrugada.
Congestionamento chegou a 50 km nas estradas do litoral de São Paulo.
Após sofrer pressão de vários setores, a Prefeitura de Cubatão voltou atrás e decidiu suspender a medida que proibia os pátios reguladores de funcionarem fora do horário comercial. A regra vigora desde segunda-feira (27) e está suspensa, pelo menos, até a próxima terça-feira (4), quando uma nova reunião deve acontecer. Com os pátios fechados, os caminhões formaram grandes filas nas rodovias, que só desapareceram no meio da tarde desta terça-feira (28).
Os congestionamento nas vias de acesso ao Porto de Santos, no litoral paulista, causaram vários problemas na região. Por volta das 16h, porém, o Sistema Anchieta-Imigrantes voltou a operar normalmente, com a pista norte da Anchieta utilizada para quem segue para São Paulo. O sentido da pista norte havia sido invertido para desafogar a pista sul, de descida. Motoristas de caminhões de carga ficaram parados nas rodovias Cônego Domênico Rangoni e Anchieta desde a madrugada, com dificuldades para chegar aos terminais da maior zona portuária do Brasil.
No trecho de serra da Anchieta, no sentido litoral, há lentidão do km 40 ao km 55. De acordo com informações da Ecovias, concessionária que opera o sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), a rodovia dos Imigrantes também apresenta pontos de lentidão na direção ao litoral. Ainda segundo a Ecovias, não existem mais pontos de congestionamento nas estradas da região, apenas lentidão em alguns trechos isolados.
A lentidão nas estradas ainda é reflexo do decreto da prefeitura de Cubatão, que proibiu os pátios reguladores de funcionarem fora do horário comercial, das 8h às 18h. A regra vigora desde segunda-feira. Com os pátios fechados, os caminhões formaram grandes filas nas rodovias, que começam aos poucos a ser dissipadas.
Para reduzir os transtornos aos usuários, nesta madrugada a Ecovias fechou uma alça de acesso da Anchieta para a Cônego Domênico Rangoni, obrigando os caminhões a seguirem em direção a Santos. Também foi bloqueada, temporariamente, a descida de veículos pela Serra da Anchieta. Estão sendo formadas caixas de caminhões na região do planalto, que serão liberadas conforme a capacidade da Via.
A lentidão nas estradas ainda é reflexo do decreto da prefeitura de Cubatão, que proibiu os pátios reguladores de funcionarem fora do horário comercial, das 8h às 18h. A regra vigora desde segunda-feira. Com os pátios fechados, os caminhões formaram grandes filas nas rodovias, que começam aos poucos a ser dissipadas.
Para reduzir os transtornos aos usuários, nesta madrugada a Ecovias fechou uma alça de acesso da Anchieta para a Cônego Domênico Rangoni, obrigando os caminhões a seguirem em direção a Santos. Também foi bloqueada, temporariamente, a descida de veículos pela Serra da Anchieta. Estão sendo formadas caixas de caminhões na região do planalto, que serão liberadas conforme a capacidade da Via.
De acordo com a medida tomada pela prefeitura de Cubatão, quem não cumprir a nova regra pode ter as atividades suspensas de 10 a 30 dias ou ter o alvará de funcionamento cassado. Em nota divulgada na segunda, primeiro dia da restrição, a administração do município disse que o problema dos congestionamentos só vai ser amenizado com "solução metropolitana".
A Ecovias entrou em contato com terminais rodoviários para recomendar o adiamento ou o cancelamento de viagens de ônibus que utilizem a via Anchieta. Segundo a concessionária, não é possível estimar o tempo de viagem do motorista que segue pelas estradas do sistema tanto no sentido litoral como no sentido São Paulo.
Estacionamento na pista
Na madrugada, o trânsito era caótico nas estradas da região. Os caminhões ocupavam faixas e acostamentos das pistas que dão aceso ao porto, tornando impossível a ida de veículos até Cubatão ou Guarujá. Por volta de 2h30, na rodovia Cônego Domênico Rangoni, próximo da primeira entrada para Cubatão, a pista virou estacionamento improvisado. Os caminhoneiros, parados, dormiram na boleia do veículo mesmo estando no meio da estrada.
Estacionamento na pista
Na madrugada, o trânsito era caótico nas estradas da região. Os caminhões ocupavam faixas e acostamentos das pistas que dão aceso ao porto, tornando impossível a ida de veículos até Cubatão ou Guarujá. Por volta de 2h30, na rodovia Cônego Domênico Rangoni, próximo da primeira entrada para Cubatão, a pista virou estacionamento improvisado. Os caminhoneiros, parados, dormiram na boleia do veículo mesmo estando no meio da estrada.
O caminhoneiro Hélio Cursino era um dos poucos que estava acordado e muito preocupado com o tráfego. Ele saiu de um terminal no Valongo, em Santos, por volta das 17h, e disse que o trânsito parou por volta das 19h.
"Estou que nem zumbi. Você não dorme, não descansa, a hora vai passando e vou chegar no Guarujá só amanhã pelo jeito", reclamou.
Reunião vai discutir o problema
A prefeitura de Cubatão anunciou, pela manhã, que representantes da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e do Conselho de Autoridade Portuária estarão na prefeitura por volta das 13h30 para discutir a situação e avaliar o decreto municipal da prefeita Marcia Rosa, que estabelece restrição de horário para acessar os pátios.
A prefeitura de Cubatão anunciou, pela manhã, que representantes da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e do Conselho de Autoridade Portuária estarão na prefeitura por volta das 13h30 para discutir a situação e avaliar o decreto municipal da prefeita Marcia Rosa, que estabelece restrição de horário para acessar os pátios.
"Depois, no final da tarde, esses caminhões devem ser liberados de uma vez só. Aí corremos o risco de, no final das tardes, termos 500, 600 caminhões na entrada de Santos", completou o secretário.
Em nota, a Companhia Docas do Estado de São Paulo disse entender que a medida tomada pela prefeitura de Cubatão compromete a logística de acesso aos terminais e não entende de que forma a limitação no horário de funcionamento dos Pátios Reguladores irá reduzir os impactos no município.
Problema antigo
Os problemas de congestionamento para acessar o Porto de Santos não são novos. No mês passado, por exemplo, vias da região apresentaram lentidão em vários vezes. Faltam pátios para os caminhoneiros estacionarem os veículos e acessos que evitem congestionamentos. A solução definitiva ainda deve demorar alguns anos.
Os problemas de congestionamento para acessar o Porto de Santos não são novos. No mês passado, por exemplo, vias da região apresentaram lentidão em vários vezes. Faltam pátios para os caminhoneiros estacionarem os veículos e acessos que evitem congestionamentos. A solução definitiva ainda deve demorar alguns anos.
Mais de 15 mil caminhões circulam por dia no Porto de Santos. O número varia de acordo com o período. Em março, em meio à safra de grãos, a média foi de 20 mil ao dia. Os dois pátios onde os caminhões podem estacionar ficam em Cubatão (SP). Juntos, têm capacidade para pouco mais de 1.500 veículos por dia. Sem ter onde estacionar, os outros mais de 14 mil ficam parados nas estradas. Com a regra da prefeitura de Cubatão, o problema foi agravado (leia mais sobre os congestionamentos em Santos).
Problemas nas cidades
As estradas paradas causaram problemas em várias cidades da região. Em Santos, por exemplo, as filas da balsa ficaram acima do normal, já que centenas de motoristas, tentando fugir da Cônego, optaram por utilizar o serviço da Dersa. A entrada da cidade também ficou totalmente congestionada. Já em Cubatão, alguns moradores ficaram isolados por causa do trânsito. Na Cota 20, por exemplo, moradores relataram que as crianças não conseguiram ir para a escola porque as peruas escolares não chegavam até o local
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As estradas paradas causaram problemas em várias cidades da região. Em Santos, por exemplo, as filas da balsa ficaram acima do normal, já que centenas de motoristas, tentando fugir da Cônego, optaram por utilizar o serviço da Dersa. A entrada da cidade também ficou totalmente congestionada. Já em Cubatão, alguns moradores ficaram isolados por causa do trânsito. Na Cota 20, por exemplo, moradores relataram que as crianças não conseguiram ir para a escola porque as peruas escolares não chegavam até o local
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