Jovens protestaram contra o transporte público e a situação do país.
Ato na região centro-sul da capital mineira foi organizado pela internet.
Cerca de oito mil pessoas, em sua maioria, jovens e estudantes, participaram da manifestação pacífica que percorreu a Savassi e o Centro de Belo Horizonte, na tarde deste sábado (15), segundo a Polícia Militar. Os participantes protestaram contra o transporte público da capital, a situação do país e a Copa do Mundo.
O protesto ocorreu com tranquilidade e sem confusões. Os manifestantes levavam cartazem que criticam a política brasileira, a corrupção, os gastos públicos com as obras para as Copas das Confederações e do Mundo, em 2014, além de protestar contra a violência registrada em São Paulo, durante esta semana.
Alguns dos brados da marcha eram "Da Copa eu abro mão, eu quero dinheiro pra saúde e educação" e "ei polícia, vinagre é uma delícia", uma crítica à prisão de um jornalista que portava um vidro de vinagre durante protestos em São Paulo.
Para o vice-presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBEs), Gladson Reis, os protestos que vêm acontecendo por todo país marcam um novo posicionamento da população. “É um novo levante da juventude. Não dá mais para a juventude ficar calada”, disse.
Ele explicou que a manifestação em BH contou com a participação de várias entidades, porém nenhuma delas estava no comando da marcha e a mobilização aconteceu pela internet. Toda a manifestação ocorreu de forma pacífica, tendo apenas um princípio de confusão, quando um homem chutou a grade que faz a segurança da Praça da Estação para o Concentra BH, que logo foi controlada. “A manifestação é pacifica, pois a juventude está consciente”, avaliou Reis.
Sobre a questão do transporte público, o vice-presidente da UBEs apontou uma pauta de reinvindicações e pediu uma reunião com o prefeito Marcio Lacerda. “Queremos nos reunir e negociar com a prefeitura. Vamos pedir uma auditoria nas contas da BHTrans, passe livre para todos os estudantes, congelamento das tarifas por dois anos e um metrô de qualidade”, disse. A tarifa principal em BH é de R$ 2,80, mas ainda existem ônibus em outros valores.
Após se concentrarem na Praça da Savassi, subirem a Avenida Cristóvão Colombo, passarem pela Praça da Liberdade, e descerem a Avenida João Pinheiro, eles se reuniram na porta da Prefeitura de Belo Horizonte, na Avenida Afonso Pena, onde cantaram o Hino Nacional.
De acordo com os organizadores da manifestação na capital mineira, entre os movimentos que também integraram o protesto estão o Comitê Popular de Atingidos pela Copa (Copac) e o Pic Nic Junino do Movimento Fica Fícus.
Nenhuma ocorrência de gravidade foi registrada, segundo a PM. Por volta das 17h, parte do grupo se dispersou e outra continuava circulando pela capital mineira.
Protestos em São Paulo
Em São Paulo, houve quatro dias de protestos motivados pelo aumento da passagem na cidade, que passou a custar R$ 3,20. Um jornalista que cobria a ação foi preso por carregar vinagre, usado para aliviar os efeitos do gás lacrimogênio com os quais os policiais dispersavam a multidão. O episódio gerou novas ondas de protesto.
Em São Paulo, houve quatro dias de protestos motivados pelo aumento da passagem na cidade, que passou a custar R$ 3,20. Um jornalista que cobria a ação foi preso por carregar vinagre, usado para aliviar os efeitos do gás lacrimogênio com os quais os policiais dispersavam a multidão. O episódio gerou novas ondas de protesto.
Ex-policiais militares ouvidos pelo G1 consideram que a corporação de São Paulo agiu corretamente e cumpriu o seu dever ao reprimir a passagem dos manifestantes pela Rua da Consolação, no Centro de São Paulo, na noite da última quinta-feira (13).
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