quinta-feira, 13 de junho de 2013

Vandalismo marca protesto contra valor da passagem em Porto Alegre


Manifestantes derrubaram containers de lixo e depredaram lojas e bancos.
Brigada Militar fez intervenção após atos na Avenida Borges de Medeiros.

Conteiner de lixo derrubado enquanto manifestantes se locomovem na Região Central de Porto Alegre (Foto: Bruna Scirea/Agência RBS)Container de lixo foi derrubado enquanto manifestantes marcham na Região Central de Porto Alegre
(Foto: Bruna Scirea/Agência RBS)
Atos de vandalismo marcaram um novo protesto contra o valor da passagem de ônibus em Porto Alegre na noite desta quinta-feira (13). Cerca de dois mil manifestantes, segundo a Brigada Militar, picharam prédios, derrubaram containers de lixo e depredaram lojas e bancos na área Central da capital gaúcha. Pedras também foram arremessadas contra a sede do Tribunal de Justiça do estado. O trânsito foi bloqueado na região.
A concentração dos manifestantes iniciou no final da tarde no Largo Glênio Peres, em frente ao prédio da prefeitura. Eles gritavam palavras de ordem, como: "se a passagem aumentar, Porto Alegre vai parar". A área foi isolada com cordas pela Guarda Municipal.
Protesto contra o aumento das passagens começou em frente à prefeitura (Foto: Bruna Scirea/Agência RBS)Protesto contra o aumento das passagens começou
em frente à prefeitura de Porto Alegre
(Foto: Bruna Scirea/Agência RBS)
O clima pacífico durou pouco. A marcha dos manifestantes pelas principais ruas da capital gaúcha iniciou pouco depois das 19h. Os militantes ingressaram na Avenida Júlio de Castilhos acompanhados de um grande contingente policial, incluindo a Cavalaria.
Já na Avenida Júlio de Castilhos, manifestantes tentaram remover de lugar containers de lixo, mas dispersaram com a chegada da Brigada Militar. Lojas na Avenida Voluntários da Pátria foram pichadas com a frase: 'Fora Fortunati'.
O clima ficou tenso quando a marcha chegou à Avenida Borges de Medeiros, onde prédios também foram pichados, e lojas e bancos foram depredados. A Brigada Militar entrou em ação. Houve correria com a intervenção da Cavalaria.
A marcha chegou em frente ao prédio do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul(TJ-RS), na Avenida Borges de Medeiros. O Batalhão de Choque da Brigada Militar já estava posicionado em frente ao local, aguardando os manifestantes.
Os militantes gritaram palavras de ordem contra a polícia e, logo em seguida, arremessaram pedras contra o prédio do tribunal. A caminhada prosseguiu até a Avenida Loureiro da Silva, onde parte do grupo se dispersou.
O novo protesto ocorreu no dia em que o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS) determinou que a tarifa de ônibus de Porto Alegre continue em R$ 2,85. O relator da medida cautelar destinada à Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC), conselheiro Iradir Pietroski, argumentou que os cálculos apontam para o reajuste para R$ 3,05 apresentam erros e inconformidades.
De acordo com o relator da medida, as inconformidades foram verificadas nas fórmulas de cálculo da depreciação e remuneração da frota de veículos e do pro labore da diretoria das concessionárias. Além disso, foram constatados erros nos cálculos relativos à desoneração da folha de pagamento e do custo de rodagem.

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